A QUEDA

Caiu. Levou uma topada, e caiu
Foi tão rápido, mas levantou-se.
Checou o corpo. Quase tudo inteiro.
Algumas escoriações leves.
O joelho, no entanto, ficou lesado
Mas ainda assim tudo bem
Pois poderia ter sido muito pior.
Quando levantou a vista para o alto
Viu que tudo continuava visível
E ainda, extremamente belo
As cores do final da tarde, sombrio
Com ares de quem iria chover
As folhas das plantas com brilho
E o tom Siena da terra do joelho
Denunciava a continuidade da vida
Em casa, agora, com mais calma
Lembrou de investigar “o interno “
Detectou sem alarido, um pouco de medo
Mas junto a uma série de resistências,
Que justificava as factuais contingências
E o coração deixou cair algo de si?
Encheu-se de luz e alegria ante a pergunta.
Continuava cheio de amor e de carinho
Sim! Cheio de amor, de expectativas e fé
Essas coisas do amor, não caem nunca. 
 
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 05/04/2016
Reeditado em 05/04/2016
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