Pálidos do Cotidiano
Grades, vultos, tumultos, apressados, esquecidos caminham assim.
Pessoas imensas, derrotas intensas ilusão de ser, de querer um trabalho qualquer que cure do ato de viver.
O ônibus partiu, um mundo levou, maravilhosas vidas, pessoas sedentas de dor.
Um pensamento escapa, detesta a retórica, o piloto automático, a vibração do silêncio, o barulho do motor.
Não precisa falar, o celular toca, fotografa, a música escolhe os ouvidos qualquer.
Remoído no imenso mar, de um estado de gozo qualquer, a semana nos tira a humanidade, a fraqueza, a cerveja, a boêmia, a incerteza que nos leva a crer.