Utopia
A insônia padece noturna,
Se estabelece no meu cerne, cresce
A solidão empanturrada perturba
E o anseio fatiado me escarnece
O pensamento bombeado me enturma com as vontades
E com o pseudo-sentimento.
Dúvida.
Vou cremar meus pensamentos e valar a urna
Circulo os sentimentos e os lamentos, recorto-os e degluto-os
Meus olhos esmos voam no braço do vento,
Procurando a plenitude, o completo, o tudo
Achar-se-a serem inexistentes, ser mito, vulto
Ser mistério não desvendado, utopia.