Utopia

A insônia padece noturna,

Se estabelece no meu cerne, cresce

A solidão empanturrada perturba

E o anseio fatiado me escarnece

O pensamento bombeado me enturma com as vontades

E com o pseudo-sentimento.

Dúvida.

Vou cremar meus pensamentos e valar a urna

Circulo os sentimentos e os lamentos, recorto-os e degluto-os

Meus olhos esmos voam no braço do vento,

Procurando a plenitude, o completo, o tudo

Achar-se-a serem inexistentes, ser mito, vulto

Ser mistério não desvendado, utopia.

Lucas Guerra
Enviado por Lucas Guerra em 18/08/2015
Código do texto: T5350070
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