Eu preciso de paixão,
para mover as linhas da  minha poesia.
Abrir o peito, e gritar na palavra solta,
o insano deslubramento, na louca filosofia.

Paixão que inflama a carne,
que arde a rima, queima a pele.
Embeleza meu verso, sorri na letra,
eu preciso de uma paixão, que me impele.

Na imensa insensatez, dar voz ao meu viver,
com a paixão para entoar belas canções,
saídas de um coração desatinado,
com notas apaixonadas de antigas reflexões.

Eu preciso delicadamente de paixão,
para semear na alma amante,
no enriquecer da uma mente destemida,
uma chispa transcendente, e apaixonante.

Para encontrar o pensamento, perder o sono,
buscar a figura inspiradora de adoração.
Eu preciso estar apaixonada, sentir,
deixar fluir na ponta dos dedos, a paixão.

Paixão, que vem com o brilho dos olhos,
aonde nascem estrelas, borboletas a passear.
Uma centelha que ilumina, no relampago que estimula,
eu preciso de paixão, para o poema frutificar.

- Eu preciso, outra vez me apaixonar!

  •