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A voz do morro

Zé... menino de temperamento tímido
como afirmavam parentes e vizinhos.
Foi ela, a elevada timidez
que lhe infligiu o apelido “ Zé Quieto”.

A veia artística não deu brecha, 
àquele corpo franzino que se fecha. 
Não permitindo que o grande talento, 
daquele sambista nato ficasse no anonimato.

Alçou voo de seu ninho para seu longo caminho,
no mundo musical, que era seu florido  jardim.
Acomodando seu nome 
que tinha Flores como sobrenome.

Não tinha preconceitos... 
com instrumentos e conceitos.
Do samba às marchinhas...
Seus versos eram enriquecidos, apenas de ouvidos. 

No morro não  nasceu, mas o tinha como berço seu  
Lá... tinha frequência assídua, onde costumava dizer
aqui a gente morre sem querer morrer.

Quando saiu do ventre materno, era José Flores de Jesus,
e como “Zé Keti”, foi-se ao paraíso de luz...
morada reservada aos bem-aventurados.

Brindou à enciclopédia  musical
Encantos... como “Máscara Negra”, 
E... “Eu sou o samba”, uma “pérola” genial. 

                       Abraão Leite Sampaio

Publicada no livro


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Abraão Leite Sampaio
Enviado por Abraão Leite Sampaio em 13/06/2015
Código do texto: T5275430
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