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Asas da liberdade

As amarras entrelaçam nosso corpo.
Quando a fragilidade se acopla,
a cérebro que já não busca desvendar mistérios.
É a letargia que sombreia uma mente que cria.

Voltar à criação requerer habilidade no controle da emoção,
granjeando àqueles anseios, que tracionavam os desejos.
Hoje dissipados desta mente,
que outrora... fora fogo incandescente.

Quebre esta introversão,
alargue esta linha confinante.
Responsável por circundar esta visão,
abra espaços... para que arrimem seus traços.

Que eram ricos e atraentes, iluminando idílios carentes
Hoje acorrentados, levando os verbos a prisioneiros desorientados 
Solte-os... são ativos, querem se movimentar,
para dar vida a contos, poesias e cantos.

Uma frase... um verso... um texto... 
Sem o movimento impulsivo da ação
É o mesmo que um amor, 
que veio sem a explosão da paixão.

Ao saltar desta inércia, com passo alongado...
terás o sonhado corpo alado.
Com liberdade de visão, 
para recolher em encaixes perfeitos, vogais e consoantes
que coroarão com alegrias a amados e amantes.

                                           Abraão Leite Sampaio

Publicada no livro:


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Abraão Leite Sampaio
Enviado por Abraão Leite Sampaio em 12/06/2015
Código do texto: T5275393
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