DESTERROS

Dos gritos amargos

Da alma vazia

Dos medos profundos

Das noites tão frias

Surge nos montes

As palavras perdidas

Quem não a conhece

Se perde pela vida

São tantos tremores

Que a escuridão provoca

São tantos dissabores

Que a solidão evoca

Nas noites perdidas

De sonhos e paixões

Onde sem querer

Caímos em seus grilhões

Buracos sem saída

Das visões sem fim

Onde o estremo

Parece ser bem ali

Mas quando se acaba

Ainda tem muito mais

E aonde parece o final

É ali que nada jaz

Por mais que se enche

Nunca se satisfaz

É minha cara, minha cara

Minha cara desilusão

Onde o homem põe a cara

Não convém ao coração

Vícios ou vicissitudes

Nem mesmo a maior atitude

Mudará a intrépida e velha razão

Nem filosofia, nem poesia

Nem tristezas nem alegria

Mudará minha ultima decisão!

Charlis
Enviado por Charlis em 20/03/2015
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