SELFIES
SELFIES
Quem de nós não se atreveu,
Pela câmara alto fotografar-se?
Esta “mania” tem nome, selfies.
Do inglês self, eu e ie mesmo.
Não bastava alto fotografar-se
Obtendo um clouse insatisfeito,
Para queremos ampliá-la
Realçando o contexto panorâmico.
Esse narcisismo incontrolável,
Fez a indústria sofisticar nosso ego,
Produzindo o “pau de selfies”,
Fazendo nossos braços prolongados.
Agora com a extensão da objetiva,
Obtemos não só a nossa imagem,
Como também a revelação da presença.
Registrando tempo e lugar do momento.
Já se foi o tempo do lambe-lambe,
Das máquinas em foto negativo,
Das fotos em slaides, diapositivo,
Ou as de revelação imediata, Polaroid.
Agora são as máquinas digitais,
Através dos celulares fotografando,
Disponibilizando nas redes sociais,
Que se intercomunicam em tempo real.
Já não se pode haver o arrependimento,
Daquilo que foi divulgado na internet.
Num instante alguém já curtiu, compartilhou.
Tornou-se publico, de forma relâmpago.
Chico Luz