NÃO SOU DE NINGUÉM
Sou eu próprio, não sou de ninguém.
Querem muitas vezes manipular-me,
Não deixo, pertenço a mim mesmo,
Tenho vontade própria, quero amar.
Amar a vida à minha maneira, hoje
E sempre, exprimindo meus sentires
Por tudo que é belo e mui verdadeiro,
Não quero cair por azar num vespeiro.
Vespeiro que é hoje uma armadilha,
Da qual tenho de me afastar e evitar,
Para não ser impedido de eu realizar
Meus projectos há muito sonhados,
E que no tempo ficaram guardados,
Por falta de oportunidade, pena esta
De ter adiado para muito mais tarde
A escrita e a leitura e uma boa sesta.
Não sou de ninguém, sou alguém
Que luta por um lugar ao sol, céu
Sem limites, todo o espaço é meu,
Não reparto com ninguém, egoísta
Sou eu, quero o que me foi negado,
Meu patrimônio, legado que recebi
De Deus em boa hora e merecido,
E que a defender me comprometi.
Ruy Serrano - 27.02.2015