Alma Livre, Corpo Livre.
Corpo aberto, liberto,
livre de toda possessão,
livre de toda paixão pegajosa,
covarde ou melindrosa,
que em mim possa achegar-se.
Corpo e alma alados,
voando alto pelos universos espelhados
querendo apenas ser amado,
sem grilhões e correntes,
sem ajuntar bens ou dependentes
que me escravize em ver-me podado e doente.
Meus caminhos são solitários,
minhas dores sem companhia,
pois não arrasto comigo a agonia
rogando que sequem as minhas lágrimas
com panos rotos de pena,
gastados por julgamentos de vis condenas...
Sou andarilho solitário,
e o meu rastro,
nada nem ninguém poderá seguir
sem antes agüentar
o riscar da ponta de um punhal
que desenha um mapa de suor e sangue
na minha pele cortada e cicatrizada
pelas experiências alcançadas
em cada dissabor vivido,
em cada fruto amargo
comido e digerido
e seguir sobrevivendo
ainda que ferido
por trilhas jamais imaginadas,
jamais suspeitadas...
Meu peito,
arde e transpira liberdade amor e paixão!
E apesar dessa imensa devoção,
não há mulher que me agüente,
exceto àquela que no peso e na medida justa
se aproxime, se assemelhe,
e se pareça a minha alma vadia e errante,
diferente de todas as outras almas;
Totalmente incólumes
à lavagem cerebral e espiritual
que sofrem a maioria das almas
escravizadas e rotuladas
pelo sistema de coisas
que manipula as hostes terrenas
convertendo-as em dóceis cordeiros
a sua conveniência para assim
manipulá-las mais facilmente.
Não, não tente comprar-me,
pois o teu vil metal
não produz qualquer fascínio
sobre a minha alma quase morta
da vaidade humana
já desprovida de armazéns
entupidos de meras ilusões
que jamais serão levados ou utilizados,
no dia que a minha alma
deixar este envoltório carnal
e alçar vôo seguro
a camadas celestiais mais ascendidas!
Sou alma livre
e desejo levar comigo
apenas os frutos do amor
que reguei quando ainda eram
sementes nas terras áridas da desesperação
por cada amor cuidado e conquistado,
por cada solidão experimentada
na pele desnuda e marcada
pelas lágrimas quentes ou frias
que rolaram na minha face
escrevendo nela uma poesia de amor consentida...
E como alma livre,
eu conheci a perdição,
os erros, a imperfeição,
os desvios e os tropeços.
Então, cansado deste lixo inútil,
arranquei a máscara que ocultava
a minha verdadeira essência de luz,
e cuspi na cara da mentira e da soberba,
do orgulho criminoso e fantasioso
e fiz inimigos por toda parte...
Ergui o meu corpo másculo
em sinal de coragem,
afiei as minhas invisíveis garras,
e congelei o meu olhar de águia sábia,
fitando as adversidades com olhos de cautela,
prudência e superação,
sabendo que a vitória era sim ou sim!
Não me importam os resultados,
não importa o tombo ou os machucados
que ficarão nas minhas asas
para sempre gravados
em relevos riscados e tingidos
de sangue por cada batalha vencida,
por cada luta ganhada...
Sou livre...!
E na liberdade da minha alma,
na mais sucinta comoção
morrerá o meu corpo,
pecador ou santo...
para renascer livre
reto ou torto,
na voz do meu canto
em uma outra dimensão!
Ragazzo
Corpo aberto, liberto,
livre de toda possessão,
livre de toda paixão pegajosa,
covarde ou melindrosa,
que em mim possa achegar-se.
Corpo e alma alados,
voando alto pelos universos espelhados
querendo apenas ser amado,
sem grilhões e correntes,
sem ajuntar bens ou dependentes
que me escravize em ver-me podado e doente.
Meus caminhos são solitários,
minhas dores sem companhia,
pois não arrasto comigo a agonia
rogando que sequem as minhas lágrimas
com panos rotos de pena,
gastados por julgamentos de vis condenas...
Sou andarilho solitário,
e o meu rastro,
nada nem ninguém poderá seguir
sem antes agüentar
o riscar da ponta de um punhal
que desenha um mapa de suor e sangue
na minha pele cortada e cicatrizada
pelas experiências alcançadas
em cada dissabor vivido,
em cada fruto amargo
comido e digerido
e seguir sobrevivendo
ainda que ferido
por trilhas jamais imaginadas,
jamais suspeitadas...
Meu peito,
arde e transpira liberdade amor e paixão!
E apesar dessa imensa devoção,
não há mulher que me agüente,
exceto àquela que no peso e na medida justa
se aproxime, se assemelhe,
e se pareça a minha alma vadia e errante,
diferente de todas as outras almas;
Totalmente incólumes
à lavagem cerebral e espiritual
que sofrem a maioria das almas
escravizadas e rotuladas
pelo sistema de coisas
que manipula as hostes terrenas
convertendo-as em dóceis cordeiros
a sua conveniência para assim
manipulá-las mais facilmente.
Não, não tente comprar-me,
pois o teu vil metal
não produz qualquer fascínio
sobre a minha alma quase morta
da vaidade humana
já desprovida de armazéns
entupidos de meras ilusões
que jamais serão levados ou utilizados,
no dia que a minha alma
deixar este envoltório carnal
e alçar vôo seguro
a camadas celestiais mais ascendidas!
Sou alma livre
e desejo levar comigo
apenas os frutos do amor
que reguei quando ainda eram
sementes nas terras áridas da desesperação
por cada amor cuidado e conquistado,
por cada solidão experimentada
na pele desnuda e marcada
pelas lágrimas quentes ou frias
que rolaram na minha face
escrevendo nela uma poesia de amor consentida...
E como alma livre,
eu conheci a perdição,
os erros, a imperfeição,
os desvios e os tropeços.
Então, cansado deste lixo inútil,
arranquei a máscara que ocultava
a minha verdadeira essência de luz,
e cuspi na cara da mentira e da soberba,
do orgulho criminoso e fantasioso
e fiz inimigos por toda parte...
Ergui o meu corpo másculo
em sinal de coragem,
afiei as minhas invisíveis garras,
e congelei o meu olhar de águia sábia,
fitando as adversidades com olhos de cautela,
prudência e superação,
sabendo que a vitória era sim ou sim!
Não me importam os resultados,
não importa o tombo ou os machucados
que ficarão nas minhas asas
para sempre gravados
em relevos riscados e tingidos
de sangue por cada batalha vencida,
por cada luta ganhada...
Sou livre...!
E na liberdade da minha alma,
na mais sucinta comoção
morrerá o meu corpo,
pecador ou santo...
para renascer livre
reto ou torto,
na voz do meu canto
em uma outra dimensão!
Ragazzo