Brasília pensado em você
Brasília pensado em você
Brasília entre quadras e becos
Eu caminhava lentamente
Com passos lentos pensava eu!
Pensava em você meu filho, que saudades sentia.
Eu tinha medo
Na pálida L2 sul a vida se tornava comprida
Congresso ruas carros tudo feito de vidros muito colorido
Na palidez de meus passos.
De madrugada fecundava as pessoas nos bares e becos
Sobre a filosofia de um trago e outro
Dos intelectos nos bares da esquina
O dia me passava só pensava em te ver
Tal era meu pensamento rompendo a noite
Uma neblina fina e fria sobre o planalto central
Tudo parecia sem graça. Sem nada
Com o raciocínio do nada, eu via os carros trafegar.
À noite não me parecia um futuro...
Irritar-me com o tempo, só me vingava em pensamentos.
Ah! Com certeza Deus me castigava!
Parecia um réu louco, sozinho e desamparado 17.
Ali era meu processo de saudade
Saudade!
Saudade de quem?
De você meu filho.
A cor da minha palidez
Tremia-me, essa solidão, a lembrança de nossas brincadeiras.
A lembrança de você criança.
Agora guardado em um simples pedaço de papel amarelado
Quisera que meu pensamento fosse apenas um pranto provisório
A minha alma recortasse em pedaços essa saudade que arde
Com certeza seria a expectoração do meu ser
Minado por uma tísica precoce.
Cheguei ao ponto máximo da saudade
De uma mágoa sem fim
Foi um horror aquela noite gelada do nada você se foi.
E com arrependimento uma lagrima escorreu no cantinho
........................... Desse poema....................................................
Que te escrevo agora Silas...
E não mais rodopiavam os becos e a longa avenida
Do planalto central.
A alma e o meu ser
Pegou-me completo, e minha expressão não me negava.
Com uma lagrima no canto do olho fiquei
Tempos bons viriam m ardendo orgânicos disformes
Deixaria minha cabeça feita de bolha de sabão
Agora não tenho saudades, só alegria.