ANJOS ENCARCERADOS
Prantos mudos ecoam no ar
Açoitados pela opressão.
No medo de se libertar,
De onde exala solidão.
Olhares perdidos entre grades invisíveis
Mãos pequeninas em tristes acenos
Marcas por vezes irreversíveis
De grilhões obsenos...
Sons que se propagam na escuridão
Dilaceram almas de doces anjos.
Sinistra a maldade em lassidão,
Em virtude de tão vil despojo.
Em alento a triste sina,
Ouvindo a voz do coração,
A liberdade se destina
Em gestos de adoção...
Rafael Trindade 07/10/2014