O homem
O homem se envergonha
Por não ter se dedicado
Aquela amada
Por não possuir a perfeição das flores
Da generosidade ou da bondade
Sua palavra corre contra o vento
Suas palavras sempre com um tom vulgar
Ao vento ele entoa mil versos, mil poemas.
E se cala quando fala
O homem possui um poderio de incerteza
Em suas satisfações pessoais
Um poderio de arrogância em sua língua.
Matou todos os que lhe cercavam,
Divertiu-se com a morte verbal
E com sua maldade intelectual
Brincou estrangulando o tempo
E com o cérebro alheio, virando um animal de luxo.
Rejuvenescendo o seu ego de egoísta
E a sua imperfeição inefável.
Alan Nicholas
11/01/2016