DIÁLOGO:03-( Vida de Jovem).
A tia encontra a sobrinha arrumando-se para ir a uma festa e começa a dialogar sobre os desejos que todo jovem tem de se divertir!
Tenta através de uma conversa persuadi-la a desistir de tal vida.
A tia ver a sobrinha,
Se arrumando para a festa,
Pronta a se maquiar,
E pôe-se a observar,
A olhar por uma fresta!
De súbito abre a porta,
E a jovem toda cheirosa!
Com uma calça apertada,
Nas auréolas desfiadas,
E um blusinha cor de rosa!
(Tia Luiza!)
Dize-lhe então olá Patrícia?
Onde vai assim toda animada?
Há dias estou notando,
Que estás aproveitando,
Essa fase festejada!
( Patrícia).
A tia! Estou indo a festa,
Na casa de uma amiga!
Mamãe quase não deixou,
Até que enfim concordou,
Deixar-me viver minha vida!
A senhora já foi jovem,
E conhece nossa euforia!
Isso logo passará,
Tenho que aproveitar,
E gastar minhas energias!
(Tia Luiza ).
Mas Patrícia minha filha!
Você não precisa ter pressa!
Tens muito ainda a viver,
Mais tarde você vai ver,
Que a vida não é essa!
Já fui jovem com certeza,
E vivi muitas aventuras!
Mas te confesso na verdade,
Que àquela felicidade,
Deixou de saldo torturas!
( Patrícia ).
Que nada tia Luiza!
Seu tempo foi diferente,
Hoje está tudo moderno,
Seja verão ou inverno,
O clima está sempre quente!
Quero está com meus amigos,
Curtindo cada momento!
Olhe bem para a senhora,
Sua juventude foi-se embora,
Então porque perder tempo?
É preciso curtir a vida,
Já que ela é passageira,
E essa fase é pouco tempo,
Por isso cada momento,
Vou aproveitá-la inteira!
Os colegas sempre dizem,
Vamos aproveitar minha idade,
Essa juventude passa,
E a vida perde a graça,
Ao se ir à mocidade!
(Tia Luíza)
Patrícia não se iluda!
Pense no que estás fazendo,
Você só tem dezoito anos,
Diga-me quais são seus planos,
Com isso que estou vendo?
Você toda maquiada,
Na maior empolgação!
Mas já parou pra pensar,
Quando tudo isso passar,
Qual será o seu quinhão?
Você é jovem e imatura,
Não tem tanta experiência!
Por esse motivo está ai,
Só pensando em se divertir,
Cheia de autossuficiências!
Cuidado com essas festas,
Feita por esses seus amigos,
Lá entra todo tipo de gente,
Com bebidas, entorpecentes,
Isso é grande perigo!
( patrícia ).
Não se preocupe tia!
Vou apenas me divertir,
Eu prometo me cuidar,
Bebida não vou provar,
Quero apenas curtir!
( narrador ).
E lá se foi Patrícia, pra tal festa na casa dos amigos, a principio era só danças, curtição, até que num determinado momento uma nova situação se desenhou!
( um amigo )
Conhece aquele rapaz?
Que está olhando pra você?
Pediu pra que te dissesse,
Se caso você pudesse,
Ele quer te conhecer!
Mas olha tome cuidado!
O conheço há pouco tempo,
Não vá ficar iludida,
Está tão boa sua vida!
Pra que procurar tormento?
( Patrícia ).
Tudo bem deixa comigo,
Vou procurar me cuidar,
Quero ver o que ele quer!
Dependendo do que disser,
Mando ele se mancar!
( narrador ).
Assim se foi bela jovem,
Viver a sua aventura,
Com tal moço se envolveu,
Num inferno se meteu,
Passando triste tortura!
Entrou no mundo do crime,
Viciou-se em cocaína,
E aquela jovem garota,
Por querer viver a soltas,
Embrenhou-se em triste sina!
Sumiu de casa pra sempre,
Levada pela emoção,
De viver em liberdade,
Destruiu sua mocidade,
Por apenas ilusão!
Ouçam seu depoimento,
Depois de tanto sofrer,
Nessa fase sedutora,
Hoje é uma portadora,
Do vírus do H I V!
Encontrava-se vegetando,
Num leito de hospital,
Não tem amor nem amigos,
Pois tem apenas consigo,
Enferma em fase terminal!
Assim a tristonha jovem,
Em um leito acamada,
Abriu o seu coração,
E contou da ilusão,
Que a levou por tal estrada!
(Tia Luiza )
Como está hoje patrícia?
Vejo te desiludida!
O que foi não está me vendo?
O que está acontecendo,
Minha sobrinha querida!
( Patrícia )
Minhas vistas estão curtas,
Não consigo ver direito,
Sinto que já é meu fim,
Apenas orem por mim,
A dor me sufoca o peito!
Sinto que minha vida,
Cessará sem mais demora,
Quero só pedir perdão,
Pela execrável ingratidão,
Que eu causei a senhora!
Espero que Deus do céu,
Ouça minha confissão,
E dei-me lá um cantinho,
Pra que fique bem pertinho,
De seu grande coração!
Só lamento ter perdido,
Minhas oportunidades,
Na ilusória juventude,
Que a todo jovem ilude,
Em tantas ansiedades!
Vivi como me aprouve,
Desregrada sem conceitos,
Porem sem imaginar,
Que isso ia me custar,
Apagar-me desse jeito!
Dissipei minha vida,
A correr atrás do vento,
Nada mais me resta aqui,
Aguardo apenas pra partir,
Nesse antro de tormentos!
Não quero ouvir lamentos,
Por minha triste partida!
Sinto a vida se acabar,
Vou apenas descansar,
Dessa desditosa vida!
( narrador )
Isso é apenas fictício,
Esse pequeno relato,
Mas essas loucas atitudes,
De muitos na juventude,
Tornam verídicos tais fatos!
Cosme B Araújo.
17/10/20145.