Segregação na arte sacra
Nos altares e murais
Em madeira, ferro ou bronze são cinzelados
E expostos em templos espirituais
Olhos azuis, cabelos ruivos... lisos ou cacheados
Pele alva, com tonalidade dos marfins
Também nos afrescos pousam serenamente...
Os alados celestiais, são eles os mensageiros Querubins
Homens das artes, sejam coerentes...
Liberdade de escolha
É o “alimento” de suas mentes
São criativas...
Não devem ter inclinação a raças ou nação
Por que este unilateralismo?
Quando se postam com pinceis e cinzeis
Aos Arcanjos... os de ordem superior
A tez alva predomina
Como que abominando a melanina
Esta insistência unilateral
Num mundo com pluralidade racial
Manifesta direcionamento
Provocando desarmonia
É a incongruência...
Desta cabeça iluminada que cria
Sejam francos...
Não se dirijam por etnia
Nem a castas elegidas
Deixem mãos...
E mentes livres das amarrações
Para que pintem, esculpam ou delineiem
Brilhantes narrações
Nas telas, entalhes e fundições
Sejam imparciais
Mentalizando anjos inter-raciais
E por fim um Anjo Negro
Abençoado, bendito e alado
A flutuar num espaço
Até então segregado.
Abraão Sampaio
Poema publicado
EDITADO NO LIVRO "EXPLOSÃO DE VIDA EM VERSOS E RIMAS".
LANÇADO NA "BIENAL INTERNACIONAL do LIVRO de SÃO PAULO 2014"
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