SE A PEDRA FALASSE
Da pedra que da montanha rolou,
E que o caminhar do poeta impediu,
Sinal não há mais, pó se tornou.
Embarcada para longe, evaporou. Sumiu!
Engolida por boca sedenta e voraz,
Em ferro e frio aço se tornou, não é o que era mais.
Para armar divergências e ódios mortais
Feito balas, fuzis, pesada artilharia; metralha,
Para os campos de batalha marchou.
Agora banhada de “lágrimas e sangue derramados”
Talvez saudosa do monte das Gerais onde foi gerada,
Certamente sonhasse voltar ao saudoso berço natal.
“Oh! Minas Gerais”, oh! Saudosa montanha,
Preferiria a ti retornar e arrancar de minhas entranhas
Tanto ódio e dissensões que ao coração faz tanto mal!
J.Mercês
3/7/2014