MENTES QUE MENTEM

A mente é uma constante armadilha

Vê pregos mesmo inexistentes

Em todos os lugares

Pronta para martelá-los sem dó nem piedade...

É uma cilada sempre em disparada

A mente sempre se prende fora de si

Uma armadilha que sempre nos sequestra

Uma orquestra bizarra que na marra nos amarra

Que nos drena enfaticamente a energia...

Tudo na mente é dualidade paralela

Por isso a gente sonha

Por ser a mente tão desconhecida e tão medonha!

É preciso muito equilíbrio e sinergia

É tornar-se um ébrio que em meio a sua fuga itinerante

Volta-se pro seu eixo da obsolescência

Sem tornar-se preso de sua própria e louca abstinência...

Ter-se e dar-se tempo para não ser escravo de si mesmo

É preciso buscar alguma forma a esmo de convecção

Como se a ilha de sua ilusão existisse

E que fosse deserta apenas na sua mente

Esvaziar-se é uma coisa rara e cara

Deixar-se ir como a água

Que não se deixa discutir com os obstáculos

Amolda-se sem resistir

Assim devemos deixar a mente

Vazia sem inquilinos e sem visagens

Somos viajores em imperdíveis viagens

Pois que no mundo todos somos vizinhos

E passageiros sem bagagens...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 15/06/2014
Reeditado em 15/06/2014
Código do texto: T4845735
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