SAUDADE DE NÓS

Rezes por não seres parte das reses!

As vezes num segundo um ser é assassinado!

Uma viagem ficou no passado

E eu vivo já morto, não sei como ser enterrado...

Se me cremam, se me amam, se em cinzas me choram

Bebo vodcas e conhaques que deixam os choros sem remorsos

De lágrimas me cubro, me elucubro de nuvens densas

De edredons de saudade sonho com teu rosto rubro

Um vivo, um morto, sem cemitério, sem aeroporto

Enquanto outro outrora nascido

Demora uma eternidade com cachaça a torto sem direção, sem porto

Pra ter-se sido sem a raiz e sem a lama de seu horto...

Ás vezes somos sombras

Sombras do que nunca está morto

Em outras vezes somos reveses partindo pra outro porto...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 24/05/2014
Código do texto: T4818017
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