SAUDADE DE NÓS
Rezes por não seres parte das reses!
As vezes num segundo um ser é assassinado!
Uma viagem ficou no passado
E eu vivo já morto, não sei como ser enterrado...
Se me cremam, se me amam, se em cinzas me choram
Bebo vodcas e conhaques que deixam os choros sem remorsos
De lágrimas me cubro, me elucubro de nuvens densas
De edredons de saudade sonho com teu rosto rubro
Um vivo, um morto, sem cemitério, sem aeroporto
Enquanto outro outrora nascido
Demora uma eternidade com cachaça a torto sem direção, sem porto
Pra ter-se sido sem a raiz e sem a lama de seu horto...
Ás vezes somos sombras
Sombras do que nunca está morto
Em outras vezes somos reveses partindo pra outro porto...