TEMPO AO TEMPO
Tempo de tempo ir
Tempo de ter um tempo pra se arrepender
Tempo de voltar pra se prender
Tempo de se perder
Tempo de ver o tempo ido
Tempo de ter tido tempo puído
Tempo de não ouvir do ruído que não cuido
Tempo de não vê-lo pútrido
Tempo pra não ter tido tempo de voltar
Tempo de ver voltar no tempo perdido
Tempo de vê-lo partido
Tempo de não tê-lo vivido
Tempo de não tê-lo repartido
Depois de tê-lo tido... Tê-lo tempo para tê-lo perdido
Sem nunca saber que para o tempo
O que sabemos dele
É que nunca saberemos que o temos perdido todas as horas
Pois que todas as horas que teremos
É aquele tempo que os outros tem de nossas lembranças
Nós morremos pra nós
Mais dentro deles é que mais amamos
Eles por nós se diminuem
Enquanto em lagrimas se diluem...
Que o tempo então nos mate
Mais nos deixe mais forte entremente
Quando em vida nos encontrarmos
E acordar deste sonho que hibernamos
Até ser tempo de voltar a vida novamente
Como a vida trás de volta a semente...
E que sua voz cresça no tempo
Em que o vento se engravide da chuva
Como a mulher gravida prestes a dar a luz
primeiro vem a dor a contorção
Logo depois vem o fruto de sua conversão!
Agora serás mãe tua alma
Tal qual uma vitória régia
Se abrirá para este amor que se fecundou
Diante desta majestade que a natureza procriou...
Agora és mãe e nada é mais forte que esta fera da natureza
Tudo em ti tem garra como o amor é de Afrodite
Olhe pro Céu e veja o teu sangue fluir no crepúsculo
Tudo em ti agora é para sempre em teu músculo
E todo o sempre é teu para sempre, acredite!