À PROCURA DO EU
Às vezes, surto, desabo,
dentro de mim já não caibo;
preso no meu mundo
silencioso e profundo.
Outras vezes, proponho,
saio de mim em sonho,
à procura do eu
que em si se perdeu.
Quase sempre, esqueço,
que tenho o que mereço
por ser eu quem causou.
Então, absorto,
meio vivo, meio morto
volto a ser quem eu sou.