Sem plágio e sem ágio
Só a erva maldita
não tem problemas
de escoamento da produção
nesse nosso país.
O agricultor investe
planta, colhe
e nesse tormento
das estradas
não se transporta nada
e ser decente por aqui
está na contramão.
Que país é esse?
Tamanho é o seu território
sem uma malha ferroviária.
Um só trem carrega
o equivalente a mais de cem
caminhões
mas uai, sô,
onde estão os milhões?
Brincar de viver
só com o Guilherme
que eu adoro.
Com chuva atola
o verão esfola
e cadê o incentivo
para semear?
Na boleia um pobre coitado
na carroceria produtos parados
o plantador endividado
e não existem trilhos
para transportar nada
e nem ninguém.
E a fome do lado de lá
vai continuar.
Pobre juventude
desavisada
não é preciso quebrar nada
é só não votar.
O mal não tem rival
a sua altura
e nas atuais conjunturas
essa foi a ideia inicial deste poema.