Ao Avesso, De Nada Adiantou
Não foi como tinha que ser
O caminho era outro!
O lado era o do sol!
Mas a noite a lua não brilhava
E estrelas se escondia!
Ao avesso se fez uma poesia
Transfomada em dilema
Ou um canto sem música e alegria.
Foi como o pisar sem um chão,
O erguer de um braço cortado!
Foi como escrever sem tinta.
Expressão sem rosto
Uma união de um só
Um coração parado!
Foi um acordar de uma insônia,
Tomar remédio sem dor,
Gritar sem voz
Banho sem ter calor!
De nada adiantou!
Você partir sem nunca ir.
De querer sem desejar
Esquecer sem nem lembrar
Então páre!
Pare de onde você nem começou.
Descobristes o que eu antes de ti sabia
E terminastes o que eu nem comecei!
Tudo aos avessos!
De nada adiantou.
(Márcio Silva)