Cotidiano

Quem de nós nunca viu, ao colocar o pé na rua

rumo a um lugar qualquer verdades nua crua?

Quem de nós nunca olhou, ao longo de uma viela,

e não viu o contraste da vida

porque não observou !

Quem de nós, passou pelas avenidas

e não percebeu que em vida muitas vidas se apagaram

ainda que estejam vivas...

De um lado, existem majestosos edifícios cujas mãos operárias

que ali trabalharam, e os suores que escorreram de seus rostos

ignorados estavam.

Quem sabe seus suores fétidos...

Suas roupas maltrapilhas,

Dia todo correria

de um lado pro outro ?

Quem nunca viu o pobre mendigado o pão,

e um abastado dizendo Não !!!

Creio que todos já viram.

Somente se omitiram.

é mais fácil ignorar...

O sol nasce todos os dias.

Ai, meu Deus quanta agonia.

Para alguns, muita alegria

pra outros sofreguidão...

Uns ainda que despertos

vivem em céu aberto.

Nem se quer se atrevam abrir os olhos

e ver no novo dia,

as coisas que virão.

Ainda assim está escrito:" O sol nasce para todos"...

Mas quem são esses, que ao vê-lo.

Se percebe claramente,

só enxergarem escuridão ?

Escuridão em suas vidas,

seus caminhos sem decência.

Seus atos de insolência

o roubo pra comprar o pão.

Quem de nós já não passou e viu de muitos a omissão...

Digo dos mais abastados, com seus salários triplicados.

Por nossa contribuição.

Os dias seguem...

O relógio do tempo não para.

A rotina segue seu trajeto.

E quem pensa, continua observar !

Nas avenidas, aglomerados de gente que vem e que vai.

Gente que rouba.

Gente que mata,

Gente que morre.

Gente que cai,

Gente que levanta e corre..

Gente que chega atrasada, e ainda leva bronca do patrão.

E o relógio do tempo continua...

No compasso dos seus ponteiros,

que batem o ano inteiro.

Sem nada mudar nas avenidas,

nada mudar nas vidas.

Nada mudar nas vielas.

As cidades que antes eram belas, hoje mais triste estão.

Eita mundo tão ingrato.

Que uns tem o seu prato,

outros comem o que cai ao chão.

Nenhuma novidade...

Só rastro de maldade misturam-se.

SANGUE,VIDA, MORTE, PÃO !

Sangue de quem morre.

Vida de quem mata.

Pão que mata a fome.

Drogados que dormem no chão!

Nas ruas,

No relento toda essa confusão..

Sobrevivência ou não.

E quem de nós ainda não viu?

Para ver o que descrevo agora,

não precisa ir muito longe.

Basta ligar o radio,

computador , ou televisão....

Para arriscar-se, não vá longe, basta que saia ao portão.

Todos conhecemos a história.

Operário, mendigo, ladrão...

Poucos conhecem na vida o privilegio

De ser Patão.

Quem de nós terá coragem para mudar essa historia ?

E falar orgulhosamente,

do que dê contentamento

além do alimento, alegria ao coração...

Esquecer o cruel, o triste,

e brindar NOVA NAÇÃO .

Gracia Fernandez
Enviado por Gracia Fernandez em 21/06/2013
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