Recanto

Há um blues

A tocar na minha vitrola

Que não se cala

Num recanto, um canto mudo

No sofá da sala

Um violão calado.

Na escrivaninha, canetas e cigarros

No canto da mesa

Um café fumegante

Na cadeira, pensante

Um poeta distante

Sem inspiração, ofegante.

De um estalo

Vem esta vontade

De algo escrever

Como uma homenagem

Como um legado

Aos poetas inspirados.

Aproveito o recanto

Firmo enfim as letras

Como uma imagem da poesia

Miragem dos meus cantos

Quando aos prantos

Chorei de alegria.

29/jan/2013

Paulo Augusto Menezes
Enviado por Paulo Augusto Menezes em 29/01/2013
Reeditado em 24/02/2013
Código do texto: T4111138
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