PARADOXO SERENO
Agora que estou só, ficarei.
Não quero mais o drama de deitar-me com alguém:
Todos os dias.
Poupo-me da agonia de metiar o meu peito solene, do qual procurei.
Quero as brisas solenes, serenas
De não comprometer-me com senhor ninguém.
Agora que estou inerte, não assim ficarei,
Mais tenho procurado ficar no claro, sem muito brilho,
Sem ofuscar o amargedo do outro, nem a intensidade,
Daquele amor de repente.
Livrei-me daquela música melódica, que tenta aos tempos
Anos me levar. Porque no que se diz respeito, não pretendo.
Sair com outros ao leu, para tentar completar o seu lugar.
Afinal pequeno favo de mel, nunca conseguiu em mim nada, Deixar.
Manoel Rosa, às 13:12 dia 06 de novembro de 2012,