OLHOS ABERTOS
A paixão é pra ser sentida
Quando faz sentido
Essa louca prisão é de ida
Esta fissura aprisionada
Nas pernas feridas
Espermas em prisões
Vaginas supridas
Superpopulações
Amores ilusórios
Ovos e ovulações
Prisioneiros crustáceos
Canções desfolhadas
Engravidadas pelos ouvidos
Carnes de nossas constelações
E pensar que nada nos ensinaram
Pelo contrário nos aprisionaram
Nestas rotinas domiciliares
Incineraram-nos por dentro
E dentro de pequenos seres
Outros seres se escondem
E agora ??? Tá tudo fora de ordem
Desordenados e condenados
Tudo que sabemos é pelos telejornais
É hora de libertarmos as eclusas
Deixar sair, escoar, pelas águas da liberdade
E diante do invólucro placentário...
E tudo é nada ao doce sabor do esquecimento
É um show pra despistar os farelos
Dos pombos para outras esferas
As feras engoliram os pombos
Plantaram em suas mentes paralelas...
Gente esta gente nos mata
São agentes da “pseudo normalidade”
Pensem e parem
Separem as coisas realmente reais
Das que plantam em suas mentes
Eu avisei poetas sectários
Em ninhos serpentários
Não existirá ninguém
Voando nas asas do canário.