OLHOS ABERTOS

A paixão é pra ser sentida

Quando faz sentido

Essa louca prisão é de ida

Esta fissura aprisionada

Nas pernas feridas

Espermas em prisões

Vaginas supridas

Superpopulações

Amores ilusórios

Ovos e ovulações

Prisioneiros crustáceos

Canções desfolhadas

Engravidadas pelos ouvidos

Carnes de nossas constelações

E pensar que nada nos ensinaram

Pelo contrário nos aprisionaram

Nestas rotinas domiciliares

Incineraram-nos por dentro

E dentro de pequenos seres

Outros seres se escondem

E agora ??? Tá tudo fora de ordem

Desordenados e condenados

Tudo que sabemos é pelos telejornais

É hora de libertarmos as eclusas

Deixar sair, escoar, pelas águas da liberdade

E diante do invólucro placentário...

E tudo é nada ao doce sabor do esquecimento

É um show pra despistar os farelos

Dos pombos para outras esferas

As feras engoliram os pombos

Plantaram em suas mentes paralelas...

Gente esta gente nos mata

São agentes da “pseudo normalidade”

Pensem e parem

Separem as coisas realmente reais

Das que plantam em suas mentes

Eu avisei poetas sectários

Em ninhos serpentários

Não existirá ninguém

Voando nas asas do canário.

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 17/10/2012
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