LIBERDADE DE ESCOLHA

O homem nunca foi tão feliz

Quanto sua liberdade de escolha

É como uma rolha presa ao tinto envelhecido

Quando se liberta não sabe o que fazer

Comprado... O tempo agora lhe é vendido...

Quando a sua seiva é secada e morre sem o viço

E deixa sua embalagem presa ao vento da agonizante sementeira

E de nada mais servem sua folhas secas e oxidadas sem compromisso

Bailando no vento mendicante sem eira nem beira

Reles rolha jogada ao descompasso que o tempo prolonga

Como mendigos de mostos ressequidos e reciclados

Sem viços e sem rosto de mãos calejadas

Quadros enquadrado na moldura de sua tez enrugada de barbas longas

Como companhia tem o seu fogo interno lhe dando combustão

A absorver-lhe as entranhas como um fervente caldeirão

Presos ao relento de sua própria embriaguês

Que é de uma viagem longa de volta ao seu próprio xadrez...

Jasper Carvalho
Enviado por Jasper Carvalho em 02/09/2012
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