Sem asas por teu ciúme...

Um dia você acorda e seus os olhos sentem o peso de uma noite mal dormida, é, seus pensamentos ocuparam cada centímetro do local reservado ao teu desejo de nunca ter estado ali.

O relógio infiel não deixou de despertá-la, mesmo sabendo que o tic tac de cada segundo consumiram a sua busca pela paz. Que não chegou!...

De repente tuas mãos tocam a face do teu espelho, tentando amenizar a angustia das palavras, que devoraram cada célula da massa compacta que flutua dentro do seu crânio.

Diante do louco e inexplicável ato de ser humana, uma lágrima constrói um rio de saudade do que já passou, pois a vida se processa em breves instantes em que o futuro é passado. Visto que o tempo não parou!...

Arrependida de ter acreditado no humano não humanizado, fostes covarde contigo mesma em seu frágil ato de complacência. Acreditou!... Mesmo estando diante de todo que não mudou.

O amor lhe faria forte!... Se forte não fosse o ciúme violento que matou em grandes ou pequenos momentos, um lindo sentimento que não levou um só instante. Para acontecer!...

Possuído por sensações ultrajantes e equivocadas de fantasias crônicas, retratadas nos folhetins individuais produzidos no silêncio de sua memória, por ele e sem ela.

Onde contracenar com as vontades dele, lhe coloca em total e absoluta inércia, por que programada, ela seria a suposta verdade que se completa em seu ato de desconfiar do mundo, como se o mundo não estivesse nela.

E gosto entrelaçado ao desgosto de vê-lo a seu lado sufocado sufocando o milésimo pedido de perdão, acompanhado da angustiante frase típica. “Eu confio em você!... Eu não confio nas outras pessoas!”...

Diante de sua boneca inflável o botão que acelera o curto circuito, das vontades dele, e que se fazem alheias a ela, é disparado pelo barulho do tiro de misericórdia direcionado por suas palavras. O amor morre ali, vítima dos dias em que acreditou que ciúme dele. Teria um fim!...

Aguarda na gaveta do armário sepulcral o tempo passa, até que ele perceba que o plástico que compunha a pele macia a quem jurava amor. Furou!... Desesperado tenta tapar o buraco procurando salvar vida de quem seu ciúme alucinado matou! ...

Amanheceu... Sentado no parapeito da janela, voas em busca dela sentindo no vento por ela, a liberdade que teus atos, covardemente juravam ser amor... Quem ama não mata!