Na rua da amargura
Na rua da amargura
Eu gastei o meu ultimo vigário
Enrolei-me no privado
Com um calote armado
Andando pela vida, que anda muito sofrida.
Tento a sorte que não vem na minha mão
Como as migalhas que andam escassas pelo chão
Da avenida, querida,que rouba de mim
E me faz refém do acaso do destino
Que muitas vezes eu desenhei
Não procuro cavalos no bicho
Nem pago o lixo vencido
Enrolo tudo em uma folha de papel
Engano e faço de conta
Que tudo ainda caminha
No chão da rua não vejo as estrelas
Elas não brilham para um desmundo
O sol brilha em tantas esquinas
Mais queima no meu lombo
Queima na carne do animal
Todos os dias até o meu final.