Na rua da amargura

Na rua da amargura

Eu gastei o meu ultimo vigário

Enrolei-me no privado

Com um calote armado

Andando pela vida, que anda muito sofrida.

Tento a sorte que não vem na minha mão

Como as migalhas que andam escassas pelo chão

Da avenida, querida,que rouba de mim

E me faz refém do acaso do destino

Que muitas vezes eu desenhei

Não procuro cavalos no bicho

Nem pago o lixo vencido

Enrolo tudo em uma folha de papel

Engano e faço de conta

Que tudo ainda caminha

No chão da rua não vejo as estrelas

Elas não brilham para um desmundo

O sol brilha em tantas esquinas

Mais queima no meu lombo

Queima na carne do animal

Todos os dias até o meu final.

Ynfindo
Enviado por Ynfindo em 28/08/2012
Código do texto: T3853741
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