MORTE DE UM PÁSSARO NO CREPÚSCULO
De tarde
Um pássaro que alto voava
Tirou-me do que pensava
E me fez pensar
No sol que se encobria
Nesta tarde que findava
Apreciei
Aquele pássaro voar
Que talvez ia descansar
Pois sua rotina
Muito enfadonha, creio
Era voar e cantar
Ao longe
O sol grande e bonito
Uma bola de fogo no infinito
Brilhava ainda
Com seus raios fracos
Lembrando um grande mito
Um tiro
No céu vermelho ressoou
O chão um corpo aparou
Era um corpo pequeno
Daquele pássaro
Que ao crepúsculo expirou.