Pureza
Para se morrer,
Nem sempre se precisa
Um desencarne próprio,
Eu sei, se morre em vida:
No soçobrar de um sonho,
Quando se avilta em dor
No corromper do corpo,
Se já não tem pudor!
Uma certeza traz,
Contudo, acalma:
Pois se corrompe a carne,
Não o faz à alma.
E no amor, há de
Encontrar refúgio,
Pois o que é puro
Não se rende ao sujo!