Reflexo

REFLEXO

Já não quero abrir os olhos;

O espelho, nele pode estar refletido

A dor, o sorriso ou o gemido!

Do que até então era julgado irreal.

E o amor?!

Que de tantas formas se apresenta...

De maneira ora suave e sangrenta,

Um ai!

A desilusão bateu à porta,

Não sentisse tanta dor,

Julgaria minh’alma morta...

Um vulto, a cor,

Transformam a visão

Solidão!

E nasce um novo

Modo de morrer:

De amor.

Onde a ruína se confunde na poeira,

E lhe abre as entranhas qual escavadeira...

Desregrada!

Wellington José de Lima