Revolução
Para que fugir de mim
Se somente eu me busco,
Me traço, esboço meus contornos,
Destorço, contorço
E desenho minha alma?
Para que fugir dos sonhos,
Se foi nos meus sonos,
Que surgiram os devaneios,
Rabiscaram meus anseios e,
Causaram a revolução
Dentro de mim?
Não temerei a despedida.
Caminharei de mãos dadas
Com a morte.
Terei sorte, má sorte,
Suporte, um norte.
Mas serei forte.
Enquanto ela não
Der-me o puxão definitivo,
Viverei a vida.
Vou garantir a sobrevivência,
Vou evoluir, Posso até cair,
Subindo e descendo, andando,
Correndo, ziguezagueando,
Não vou desistir
Enquanto viver por aqui!