Mar de água doce

Penso eu sobre o mar que em nós habita.

Mar de água doce, doce como açúcar cristal. Mar revolto na calmaria do seu beijo, azulado como o som de suas palavras.

Penso em nós no cavalgar do cotidiano, ao lampejo das circunstâncias da tarde finita. Na sombra das possibilidades fartamo-nos de esperanças.

Já não sou só, somos um.

Somos a soma do dia a dia, entre o pragmatismo domesticado e a solicitude de estarmos juntos.

Enfim, no limiar entre insistências de audiências midiar e o dormir, eu e você somos dois em um em águas de prazer.

Allan Cruz