LEITURAS ABSTRATAS!...
Descobri tantas estradas!...
E percorri tantas trilhas!...
Passos lentos, e apressados!...
Caminhando a cada dia...
Cumprindo a missão de ser!...
Condutora do destino.
Construindo o meu destino!...
Saí brigando com o tempo:
Fazendo-lhe indagações!
Questionando os seus inventos:
Que contrariou os meus sonhos!...
Deixando escritos horrendos!...
Cujas páginas estão marcadas
Com as manchas das minhas lágrimas
Que chorei, quando as li.
Não! Não queiram explicar-me!
Os seus “Doutores da vida”!
Sobre textos que revelam
Abismos que percorri!...
Ainda não encontrei!...
E desafio quaisquer
Dos homens que ousam ter
Respostas pra esclarecer!
“Leituras tão abstratas”!...
A força que faz rolar
Calada, no rosto, a lágrima;
A dor que ficou retida
No mais profundo da alma!...
O olhar que fez discursos
Sem dizer uma palavra;
O sentimento que nunca!
Nenhum vocábulo consegue
Expressar, mesmo que sejam...
Ditas todas as palavras!...
Só “UM”!... Posso aqui dizer!...
E o tempo é testemunha:
Só Deus pode penetrar!...
A minha, e outras entranhas...
E sem segredos mostrar
Oscilações dos humanos.