REVOLTA
Quero morrer!
Morrer agora,
Sem ninguém,
Alguém que chora.
Estou só , revoltado,
Sinto-me IMENSO e ao mesmo tempo
Ínfimo;
Estou como o mar às quatro, cinco da tarde,
O u c o m o o g r ã o d a i f i n i t a a r e i a d a p r a i a,
Talvez como a o n d a , queba te nosr oche d o s;
Em resposta à sua limitada liberdade no leito.
Uma vaga reclamação à incompreensão.
Talvez eu seja aquele pássaro,
Ferido sem motivo, razão;
Talvez prazer pela destruição.
SOU como um pássaro !
Impedido de alçar vôo,
Pois se não me encontro na terra,
Como no azul do céu, me encontrar eu vou?
Mesmo com a angustia da dúvida,
Alcanço um espaço seguro,
Não sei onde estou, se sobrevivi;
Só não sei mais, se posso ou se quero morrer,
Já me ocupo com o que há de vir.
Vejo-me então com certo nojo,
Pois esta é a sina de quem da vida é refém,
Mas não quer depender de outrem,
Não quer se sentir despojo
De quem acha que de tudo, muito tem.
Riedaj azuos - Nova União – 2001