Ser, humanos
Ainda há tempo de curar a Terra
Honrar a aliança da guarnição
Desabrochar os sonhos férteis
de esperança
Qual despertar de um sono longo
de omissão
Reconhecer na pele a dor da traição
Mesclando às suas águas lágrimas
de sangue
Até acender no peito o arrependimento
E ascender à altura do impossível tempo
Ainda temos forças de nos debruçar
Beijar o fel que a fizemos derramar
Verter estrelas em seu ventre fustigado
Em suas carnes pulsar o coração magoado
Ainda há tempo de lamber feridas
Purgar o pus que vaza de memórias
No cósmico e no erótico
Parir a alma do imundo
Do mais profundo fundo
Ser mais amor ao mundo