MEU PEQUENO GRANDE MUNDO
O amor quando nos visita é sutil como um anjo
É como a prece quando de fato com fé rezamos
Simplesmente o pedido acontece quando menos esperamos...
Sempre ficamos preocupados em como vão ficar
Os que amamos caso morramos
A vida é uma caixinha de surpresa
Vi no jardim um sabiazinho morto
E já tinha salvaguardado dois na gaiola hoteleira
Deixando um espaço por entre a abertura pra mãe
Os alimentá-los e interagia dando raspas de mamão!!!
O que eles adoravam abrindo o biquinho que ficava todo alaranjado!
Até ser tempo de saber que estavam crescidinhos o suficiente
A fim de devolvê-los a sua terra natal...
Chegou o tempo em que eu não mais dava comida
E passaram-se quase quinze dias e a mãe os alimentava por fora
Os que estavam por dentro da gaiola
E cresciam a olhos vistos...
Até que chegou o tempo de solta-los
E fiz tudo isto sob os olhares atentos da mãe
Eles voaram meio que desajeitados
Mais estavam fortes e se foram para uma árvore
E lá ficaram e se adaptaram com a força da natureza
Mais sempre arregimentados pelo coro da mãe...
Mas dias desse soltaram minhas ávidas cadelas pelo jardim
Caçadoras inquietas no afã de me defenderem
A tudo que fosse móvel era uma ameça
O que fazia parte mostrar serviço matando a caça!
E andando um pouco por ele (meu jardim)
Vi um serzinho todo embolado e morto!
Era um sabiazinho que havia caído do ninho do mesmo tamanho
Dos que eu havia criado em regime de semi-liberdade
E eu fiquei ali vendo aquele tudo em tufo com formigas a lhe Devorarem incontinente sem vida sem direito a voar...
As cadelas com ar de satisfação de superioridade
O que fazer se o lado animal as vezes é mais forte???
O ser de pena meramente morto a se doar sem resistência alguma
Vendo a vida girando em torno dele meramente absorto
Tão pequeno em meio ao mundo tão grande
Sem nada poder fazer para alcançá-lo...