Cordialidades..

(...) a vida nos relaciona como em uma cordialidade reversa..

Direcionando nossos alvos, idéias e até mesmo sonhos para o oposto

Deixando um modelo obscuro de incerteza vagando pelo deserto

Então esperamos encontrar a paz no fictício horizonte calmo

E no calor absurdo que a alma instiga, tudo se aproxima do nada

E ficamos sem rumo, indecisos, ofuscados e reprimidos

Distanciando e não exaltando o que parece ser plausível.

Até então que!

Indagamos o que no deserto se encontra, elevamos nossa fronte

E olhamos para um horizonte já não cheio das incertezas

Já não cheio do nada como antes,

Vemos a esperança cansada da mesmice

Mesmice encontrada na rota mas próxima das incertezas

Vemos o calor se evaporar rumo ao coração

E nas nuvens das lembranças encherem os olhos de lágrimas

Vemos o corpo por si próprio se deparar em um instante inerte

Tudo para! O olhar, o coração e por frações de segundos a vida se refaz

Anulando o que a dinâmica da tristeza e das magoas causaram ao físico

Vemos o refrigério chegar junto ao fôlego com objetivo proposital

Vemos tudo novamente se recompor

Em partes pré-definidas e outras ausentes do agora

Onde somente o tempo mostrará seu desfecho

O que a dúvida dividia não mais se divide

Muito menos subtraem da vida as lembranças felizes

Assim completamos as etapas da vida..

Assim somos, por ontem, por agora, por amanhã

Um emoldurado ser com principio, meio e fim...

Weverton Nelluty
Enviado por Weverton Nelluty em 11/10/2011
Reeditado em 11/10/2011
Código do texto: T3269635
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