Cordialidades..
(...) a vida nos relaciona como em uma cordialidade reversa..
Direcionando nossos alvos, idéias e até mesmo sonhos para o oposto
Deixando um modelo obscuro de incerteza vagando pelo deserto
Então esperamos encontrar a paz no fictício horizonte calmo
E no calor absurdo que a alma instiga, tudo se aproxima do nada
E ficamos sem rumo, indecisos, ofuscados e reprimidos
Distanciando e não exaltando o que parece ser plausível.
Até então que!
Indagamos o que no deserto se encontra, elevamos nossa fronte
E olhamos para um horizonte já não cheio das incertezas
Já não cheio do nada como antes,
Vemos a esperança cansada da mesmice
Mesmice encontrada na rota mas próxima das incertezas
Vemos o calor se evaporar rumo ao coração
E nas nuvens das lembranças encherem os olhos de lágrimas
Vemos o corpo por si próprio se deparar em um instante inerte
Tudo para! O olhar, o coração e por frações de segundos a vida se refaz
Anulando o que a dinâmica da tristeza e das magoas causaram ao físico
Vemos o refrigério chegar junto ao fôlego com objetivo proposital
Vemos tudo novamente se recompor
Em partes pré-definidas e outras ausentes do agora
Onde somente o tempo mostrará seu desfecho
O que a dúvida dividia não mais se divide
Muito menos subtraem da vida as lembranças felizes
Assim completamos as etapas da vida..
Assim somos, por ontem, por agora, por amanhã
Um emoldurado ser com principio, meio e fim...