À VOCÊ QUE DESEJA ME MOLDAR...
Eu nasci para provocar.
Não tenho medo da chuva, do vento nem do nada...
Sou humano e me sinto na sublime razão
De fazer o desejo na virtude da ação.
Fujo às regras...senão elas me dominam.
Corro descalço...toco os espaços...sou assim.
Em mim se aninha a pureza impura...
Pode até ser a loucura de que vivo.
Não absorvo as maldades do outro...
Refaço, na explosão somente minha, minhas definições.
Nem pela causa nem pelo causador...neutralidade me alude.
Indiferente,[ME ACHAM?]...Nem sei...sou eu o espanto.
Meu canto é suave ou tosco, depende de como me incitam.
Sou vida...minha vida...é minha e o abalo me fortalece.
Sorriso indiferente me faz sentir-me gente,
Se desejam-me moralidade, sou amoral...mas sou eu.
No talento por DEUS, me concedido
Afilo a inerência de minha personalidade.
Sou produtor...produto é coisa...sou concreto.
Ao fim, sou qualquer coisa...todavia, nunca deixei de me ser.
E assim vou...comigo...levando minh'alma no instinto.
Fortaleza, madrugada de 17 de setembro de 2011...