Meus Dias Eram Tristes Que Só eu Sábia Chorar.
Meus dias eram tristes e só eu sabia chorar.
Minhas lágrimas eram pedaços de mim, que caíam no chão e me faziam pecar.
Eu pecava entre uma palavra e outra.
Eu era como um mendigo. O inverno era o pior período, pois sentia o frio entre as minhas entranhas.
Mas de tanto me acostumar, às vezes, o frio me aquecia no silêncio de um vento.
Espaventos eram meus sonhos, pois eu acordava com a esperança e dormia com a desconfiança.
Meu olhar era profundo de solidão.
Meu sorriso nem existia de tanta ingratidão.
Eu era um jovem e, ao mesmo tempo, era um homem.
Pois ia à luta cedo, mas era uma luta interminável.
Maneável era a minha paciência com a qual esperava os males que vêm para o bem.
Mas, no sopro de um refúgio, apenas ouvia os gritos de um tumulto: era a era da revolução dos dias melhores.
Porque dias piores não poderia conhecer, pois já vivenciava a vida desarmada.
Revolutos foram às substâncias de uma vira volta, mesmo que seja meia volta, mas começou o pouco imaginado. “O jovem vira um sábio entre os inimigos.”
Já entre os esquecidos vira um “Deus”, pois ele representa a nação dos esquecidos dos pouco favorecidos.
O jovem de paladar frio aquece e adoça a vida.
O espavento se foi, o sol surgiu, as nuvens embranqueceram, e a esperança compareceu o dia todo.
Já a desconfiança enfraqueceu como um vento que perde as forças.
Só não espero que vocês façam como fizeram com Jesus Cristo, agradecendo-lhe pregando-o numa cruz, jogando pedra e cuspindo.