CICATRIZES
Cicatrizes
Folhas de papel em branco
Assim somos ao nascer,
O tempo nos desenhando
De um jeito terno e franco.
Produtos da educação
Pelas ilusões marcados,
Por vezes a solidão
É amar sem sermos amados.
E quando o mal é feito,
É desfeita a inocência,
Os valores e conceitos,
Doem pela consciência.
Cicatrizes magoando,
Feridas que vão doendo,
O tempo leve passando,
Como o ocaso sangrento.
Perdas vindas da vontade,
Vidas indiferente ceifadas,
Nosso chão onde a saudade
São frias, não dizem nada.
Linda vida corrompida!
Linda seria sorrindo!
Felicidade perdida
Mas o peito sempre rindo.
Saudade adiada, amores
Achados e perdidos...
Corpo sem cicatrizes.
Jenário de Fátima & Márcia Rocha