Desinteligência
Por muitas vezes um tudo revive o nada
E o afago da borboleta pela flor não é restaurado
E enxergamos o cárcere como um verdadeiro vício
E a vida vivida fácil é um desperdício.
Nem sempre o fruto da planta é a maçã
E o arrependimento nos espinhos volve cascata
Jogar? Quando o jogo é a própria vida?
É a fraqueza da matemática inexata.
Sempre é procurado o que nunca foi perdido
Pois aqui se encontra o fraco que diz ser campeão
Puros dissídios, jamais são crase.
Que vence o enunciado com a junção.
Foi jogado no trânsito um cigarro acesso
Depois de uma breve tragada
Foi cuspida a única lanchonete da cidade
E a conta na carde neta foi rasgada.
Foram aplaudidos os ídolos mijões
Pelo favor de deixarem a rua molhada
Foram presos os que tentaram rebelar
E foram mortos os que não disseram nada.
É valorizada a mera cultura surda
E a minha poesia faz menção
Puros dissídios, jamais são crase.
Que vence a frase com a junção.