O FRENEZI DO GOZO

O F R E N E S I D O G O Z O

Meus amigos não me entendem

Os estranhos me repelem

As pedras nas calçadas não dizem nada

Até a lua está parada.

Meus sapatos se recusam a andar

Minhas roupas se rasgaram

Como?

Explica-me o que aconteceu?

Não encontro a explicação.

Ah, se já perdi a noção das horas

Se já joguei tudo fora

Agora me conta como hei de ficar

Se ao conhecer-te, dei para sonhar.

Cometemos tantos desvarios

Rompemos com o mundo

Fizemos travessuras das noites eternas

Confundimos nossas pernas

Nossos corpos entraram em languidez

O frenesi do gozo nos calou fundo

Nossas mentes se desligaram do mundo

Lentamente a seiva da vida se movimenta

Aplacaram-se nossos desejos

Tivemos orgasmos simultâneos

Nossos cérebros erraram

Perderam-se no pulsar

Nossos corações pararam

Estamos numa desordem generalizada

Nossas almas se materializaram em nada

Se nossa sorte se derramasse pelo chão

Viraria uma bagunça meu coração

Também pudera você não está aqui!

(março/2001)

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 02/07/2011
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