Fim

Rio,riacho livre

Corredeiras e avenidas cheias

Entupidas,entocadas.destorcidas,deformadas

Formas,formidaveis curvas a transitar entre espaços

Rigídos,soltos são só desejos, sinto...

O medo a procura de algo longinquo e noturno

O trânsito preso num mar de veículos.

Sombria e sonora sinfonia de buzinas a clamar,

Por olhares distantes que insistem em desviar

De mentes,de modos de risos e choros

A passeata atravessou o caos

E o protesto se mostrou geral

E seus olhos verdes claros como a mata atlântica que insiste em sobreviver

desfila pujante por mar de asfalto

Em meio aos cacos e ratos que nos corrompem a alma

é o fim de mais um dia sim.