Prodigioso prazer
Nada é mais teso que o ego apaixonado,
Lambendo num canto as doutrinas da pele!
Nada é mais intenso que o romantismo explosivo
Desse umbigo vulcanizando o que excede...
Nunca a razão é tão prodigiosa e quente
Quanto esse sexo metido à beira do abismo!
É o que faz a Alma zarpar feito um cometa
E o poema permanecer enfático de tanto lirismo...
Tudo em nome de um progresso estonteante
Estremecidos poros dilatados em mil desejos!
Tudo em nome de sobressaltados arrepios
Que em poucos segundos estilhaçam ensejos!