DI ENÉCTAR
“DI ENÉCTAR”
Eu sou, Di Enéctar
Destino traçado,
Ao passo e ao Paço,
O qual revisa
A compostura e prazer;
O lazer para os novos
Repartir os impróprios
Que tomam à noite
Enquanto santa
Eu, Di Enéctar!
Eu sou a mazela,
Em realidade
Gazela de sentimentos ferrenhos
Gazeta de alarde que recebo,
Enquanto sou frase
Desenhos de dúbia saída
Que saltitam para mim,
Seu parceiro
Em rústica peritagem
Frases, despenhadeiros,
Age úmida de medo
Não arredo de meus contos,
Nem por uma veia que salte!
Mas conto a cada vez mais dinheiro
Desde que todos se paguem
Eu sou o coveiro
E cheiro desigual,
Que nasce à parte,
Melindrarem
E sem parte
A base é o esquecimento,
O cimento que arregimenta as frases
Sua herança é rica,
Fiança e apinéia
Que versa, minha cisma,
Academia, o músculo dos compadres,
O uso dos contrastes
Os Linhares e os ares
Que me assopram à vida
Eu sou Di Enéctar
Mexilhão sem solares
Tomado e proposto,
Demonstro
Eu tomo o desgosto
Sem molho,
Eu tosco
À procura de um dicionário
Irritá-lo é o saldo
Para encorpá-lo
Inflá-lo,
Para o amor
Que é mudo
Cantá-lo,
Serviçal e desnudo
Erguido de favores
Aos quais procuro
Para que no fundo,
Seja meu dispensário
Dissertaram os comunicados
Que me povoaram
Empregue-me, erário!
Pois peco por não ter tudo traçado,
Trago pelas mãos à fantasia;
Meu nome que é somado
A tantos outros que
São pela escrita
Que irrita os olhos,
Que Rita,
Deixa ao cabeçário
Funesto berçário
Aqui jaz, Cezário,
Aventá-lo,
É trazer Di Enéctar,
À vida.