Sabe que, um dia, olhei ao céu e disse:
Sabe que, um dia, olhei ao céu e disse:
“Senhor, dê-me uma luz” e, quando olhei para baixo, entre a poça de água, apareceu seu auto-retrato!
Não entendi nada, pois eu era incapax de traduzir sinais do céu.
Não entendi nada, mas as letras começaram a me abrir para o céu.
E, do céu, tirei fotos.
Tirei fatos
E fiz um auto-retrato igual à minha imaginação.
Nem sabia que aquilo daria a tal da inspiração.
O poeta começou a escrever sem bem entender o que estava digitando,
Mas seus dedos estavam possuídos.
Seus dedos eram dedicados apenas em algo: no auto-retrato!
Fiz uma análise de que o céu era cheio de mistérios.
Mas, antes de entender, tive várias decepções.
Na falta de opções, as que sobraram eram apenas do choro de uma noite de céu sem estrelas.
Uma noite sem auto-retrato.
Uma noite de trevas.
Uma noite chuvosa.
Uma noite de nervos à flor da pele!
Minha inconsciência fazia-me entrar em desespero por soluções.
Por sinais mais vivos
E não sinais que não saberia decifrar.
Eu era para o céu um analfabeto,
Pois não sabia traduzir sua língua em extinção.
Minha solução foi olhar para o céu e ajoelhar ao pó da terra
E chorar até nascer uma planta
E, assim, comecei a entender o sinal.
A planta era um sinal de vida
E, aqui, explicava o auto-retrato.
Uma nova vida estava por vir ao meu caminho tumultuado!