A vida é uma poesia e os seres humanos, um saco sem fundo.
A vida é uma poesia e os seres humanos, um saco sem fundo.
Seres humanos são um prato vazio e frio, sem gosto, sem tempero.
Redito, eu conceituo que, a cada dia que passa, desapego mais aos tais dos seres humanos.
Ah, sabe como é você cansar...
Como falar com crianças: você repete, repete, repete as palavras, mas parece que não entra em seu cérebro pequenino mal desenvolvido.
Mal distribuído!
Na verdade, até com a vida eu cansei.
Coloque-se na situação onde você bate na porta todos os dias e a pessoa nunca abre.
Coloque-se na situação em que você esta numa maratona que nunca acaba. Uma hora você cansa, né?!
Imagine, então, que minhas pernas se cansaram, meu corpo e o pior minha mente também.
Não são máquina. Não sou de ferro e, muito menos, de aço.
Sou de uma decomposição que dizem ter sido feita de barro.
Por isso viro pó.
Por isso fico só o pó.
Olha, minha pele esta flácida,
Meus dedos dos pés estão todos arrebentados.
Sou hiperativo, não consigo mais me concentrar em nada.
Apenas em fugir.
Queria fugir das responsabilidades,
Mas não sou moleque.
A vida me fez um homem,
Então assumo pelos meus atos, meus conceitos, meus dedos e meus cansaços.
A vida me diz: não tem folga,
Não tem férias,
Não tem descanso.
Tomo café, vivo na cafeína.
Estou agitado. Rodo e rodo, mas paro no mesmo lugar.
Paro, então, na explosão da mente triste,
Da mente destruída,
Da mente envelhecida.
Eu choro. Eu choro.
Eu tento. Eu visto a camisa. Eu vou à luta,
Mas não basta eu querer mudar.
Basta o patrão me dar um basta!
Quem sabe umas férias...
Não eternas, se não seria a morte.
Mas sei lá! Se foi o meu tempo. O que posso fazer?
Sou um jovem, sei o que posso e tenho muito a retribuir a essa merda de planeta Terra.
Posso deixar minhas palavras.
Posso fazer a revolução.
Posso deixar uma flor à vida,
Ao planeta,
Aos seres humanos