NÃO MAIS

“NÃO MAIS” (FANTASIA)

Parei de escrever,

E hoje de vencer.

O que ler ao dizer

Morrer, pelo mais,

Pelo senhor das letras

Pelas lendas

Que se acredite sonhar

Que se habilite ao redor

De que será olho

De enredos e passaredos,

Veios de sol e de chuva,

Da fantasia do soberbo.

Do selo,

Aberto ao nunca

De mística e da cura,

Em um pântano forasteiro.

Rasuro minha pele

Com a febre

Do suor e de pêlo

Freio que se contenha cedo

E receba ao fim,

O ir da candura.

De não mais perecer

O retorno das palavras

Das fracas amadas

Amarradas ao nada,

Do seio.

Não mais idolatrar,

Não mais abusar

A tolerância do feio

Sem o desencontro

Dos loucos textos

Por minhas mãos defloradas

Valas e talas

De minhas ações

Obsessões satíricas,

Lascivas e expelidos

Do fogo!

Adeus a quem me supriu

Em seu acometimento mais sereno

Vale de um primeiro veneno

Sem a posse dos trajes

Que temos.

Conte aos que mais ouço

Seus consoles supremos

Onde menos vão abandonar-se

E afogar-se em redes,

Por vezes,

Mentem na condição de se isolarem

Por um tempo,

Tive medo,

Ciclo de sempre

Em destino abaulado

Ereto como a patrulha do tato

Sigo o compêndio de seu legado

Que semeou a despedida

E trouxe à vida,

O arrependimento!

Para descrever-se, não faz,

De um irritado sentimento

O consenso que se pede ao amor

Em que me convenço ao espelho

A tirar-lhe a imagem

Para que o lago que lhe preserve

A margem

E não se afogue,

Com a fantasia

Que lhe escrevo.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 28/04/2011
Código do texto: T2936432